UBAS chegam ao semi-arido piauiense

Aroeiras do Itaim é uma cidade pequena, com menos de dez anos de emancipação. A média de partos por ano chega a 14, isto é, cerca de um parto por mês. Mesmo assim todos os novos habitantes eram obrigados a nascer em outras cidades porque Aroeiras do Itaim não possuía estrutura para realizar esse procedimentoo. Hoje, 06, isso mudou com a inauguração de uma Unidade Básica Avançada de Saúde (UBAS).

Essa foi a segunda cidade a receber uma UBAS toda equipada para realizar partos normais com segurança. O secretário Assis Carvalho disse que é preciso atender os pequenos municípios para que eles tenham possibilidades de se desenvolver. “Equipar e investir em grandes hospitais é preciso, até porque eles concentram o maior fluxo de pessoas, no entanto, os municípios pequenos também merecem atenção, precisam de infraestrutura básica para se desenvolverem. E na área da saúde é preciso oferecer o básico e respeitar o direito que as pessoas tem de nascer em sua terra”, disse fazendo alusão ao projeto “Direito de Nascer em Minha Terra”, que prioriza a atenção à saúde da mulher e a realização de partos normais. A UBAS também realiza outros procedimentos da atenção primária como atendimento, imunização, inalação, curativos, suturas, enfermagem.

A média de investimentos para construir e equipar uma UBAS fica em torno de R$ 530 mil. Todos os recursos são do Tesouro Estadual com parceria das prefeituras responsáveis pela doação dos terrenos para a construção das UBAS. Estão em fase de construção, outras 43 UBAS de saúde em todo o Piauí. A primeira cidade a receber uma foi São José do Divino, na região norte do Estado.

O prefeito Gilmar Francisco agradeceu pela obra e disse: “Aroeiras do Itaim tem 2.557 habitantes, mas todos nasceram em outras cidades. Agora com essa UBAS vamos ter o orgulho de dizer que temos cidadãos aroeirenses nascidos aqui”.

O secretário municipal de saúde, Nilson de Deus, conta que a média de partos varia entre 12 e 14 por ano, portanto, a assistência a gestante é integral. “Como fazemos o acompanhamento pré-natal, encaminhávamos as mães para Picos no período próximo ao parto. Agora, com essa estrutura, podemos realizar partos aqui mesmo”.