18 de agosto de 2010

Imprensa nacional destaca "receita" de escolas do Piauí campeãs do Enem

A capital do Piauí, Teresina, está no topo da educação brasileira. Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 mostram que quatro escolas da cidade – todas da rede privada – estão entre as 26 melhores do País. Até a semana passada, quando um colégio paulista ganhou na Justiça o direito de revisão de notas, a primeira piauiense aparecia em segundo lugar no ranking. Agora, caiu para a terceira posição. A quarta melhor escola do estado estava em 25º e passou para 26º.

As quatro escolas da capital piauiense mais bem posicionadas no ranking do Enem são, em ordem, Instituto Dom Barreto (3º lugar), Instituto Antoine Lavoisier de Ensino (13º), Educandário Santa Maria Goretti (19º) e Colégio Lerote (26º). Apesar das 23 posições entre eles, apenas 27,54 pontos os separam nas notas dos alunos no Enem 2009.

O feito das escolas de Teresina só foi repetido pela capital paulista e superado pelo município do Rio de Janeiro, que possui oito escolas entre as 25 primeiras. Proporcionalmente, a conquista de Teresina chama mais a atenção. No Rio, 684 colégios públicos e privados oferecem o ensino médio. Em São Paulo, 1.239. Em Teresina, apenas 168.

Receitas nada secretas


O segredo das escolas de Teresina para obter tanto destaque é simples. Primeiro, elas investem em uma carga horária de estudos que impressiona. Das quatro escolas com mais destaque no Enem, em três a jornada diária de aulas supera sete horas. Na outra, é de seis horas e meia. A rotina semanal só termina aos sábados, com aulas regulares e simulados. E tanto esforço não se restringe aos alunos do 3º ano: já começam no ensino fundamental.

A metodologia semelhante não é mera coincidência entre as escolas de Teresina. Nem é uma orientação ensinada nas faculdades aos futuros professores da região. A resposta – dada pelos próprios estudantes ao iG, que visitou as quatro escolas na última semana – é a concorrência entre elas. “Há uma competição muito grande entre elas. Uma escola boa vai seguindo a outra”, admite André Acioli Lins, 17 anos, aluno do Educandário Santa Maria Goretti.

Fonte: Diário do Povo

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