6 de novembro de 2010

IBGE revisa censo em 7 cidades ameaçadas de perder repasses

Em sete municípios piauienses o censo demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que houve a redução do contingente populacional, resultando em mudança dos coeficientes de participação para efeito de repasse de verbas federais. Nesses municípios, o instituto montou uma “força tarefa” para revisar os números. O trabalho será realizado até o dia 20 de novembro.

A informação é do coordenador estadual do Censo no Piauí, Pedro Andrade. O levantamento constatou que os municípios de Alto Longá, Amarante, Dom Inocêncio, Parnaguá, Pedro II, Piripiri e Regeneração deverão mudar de coeficiente e, conseqüentemente, terão redução de repasses. Já em Guadalupe, o município subiu de coeficiente e, ao contrário dos demais municípios, deverá receber mais verbas. “Estamos fazendo a revisão em todos os municípios para fechar os números e também para fazer o mapeamento naquelas residências que se encontravam fechadas”, explicou Andrade.

Segundo ele, entretanto, em dois dos sete municípios deverá haver diminuição de coeficiente eleitoral: Pedro II e Piripiri. “Nesses municípios, o levantamento de 2007 fez com que eles subissem o coeficiente eleitoral. Nessa nova contagem, não foi constatada o número de habitantes necessários para que esse coeficiente fosse mantido”, argumentou, acrescentando que, ainda assim, os prefeitos têm até o dia 20 de novembro para apresentar suas alegações contra os números do Censo do IBGE. “Isso sempre acontece, porque menos habitantes implica menos recursos. Quando mexe no bolso, as prefeituras irão sentir as perdas”, completa.

A revisão, segundo ele, é para “mostrar a realidade”. “Não somos obrigados a encontrar a população estimada. Há o fluxo migratório entre cidades, que é inevitável, principalmente nos municípios em que não há muitos atrativos econômicos para que as famílias se estabeleçam. Pode ser que a gente encontre um número maior de habitantes, mas se não encontrar é porque não existe”, frisa o coordenador, acrescentando que Teresina também passará por revisão. “No caso de Teresina, é porque  encontramos muitos domicílios fechados durante as visitas”, esclarece.

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