Delegado Renato Pinheiro (Foto: Reprodução/Internet) |
O áudio do presidente do Sinpolpi, Constantino Júnior, circula em grupos de WhatsApp e deixa claro que “o abuso de autoridade” contra o policial Moisés Diniz terá consequências judiciais, provocadas pela própria categoria.
“Entrei em contato com o delegado geral e ele inclusive já me respondeu que enviou uma equipe da corregedoria para Barras. Falei com o nosso jurídico, e nós vamos dar assistência ao policial civil Moisés, mesmo ele não sendo filiado”, explicou Constantino.
Para o presidente, o caso é inaceitável e, em 30 anos de profissão, nada igual teria ocorrido. “Porque um fato dessa natureza além de ser lamentável, não podemos aceitar de maneira nenhuma. Nós nunca tínhamos convivido com uma situação dessas, um cara que chegou a pouco tempo e não sabe nem se realmente é polícia. Uma ação e conduta totalmente desequilibrada. Prende um policial civil que estava em seu local de trabalho pelo fato de ter se recusado a trabalhar como escrivão, sem ter cometido nenhum crime”, disse.
Segundo informações repassadas ao OitoMeia, há meses o distrito funciona sem um escrivão. Para o Sinpolpi, nem a recusa, vista como desacato, ou qualquer outro fato ‘criminoso’, não caberia prisão ao policial nessas circunstâncias.
“Mesmo que tivesse cometido um crime, o desacato não caberia prisão. Nós pretendemos representar contra esse delegado por abuso de autoridade na Corregedoria para que possa ter de forma sistemática. A gente está dando uma resposta para esse delegado, e mostrar que aqui não tem nenhum moleque dele, muito menos um empregado. Esse cara com certeza irá sentir o peso do Sinpolpi”, pontuou.
‘VAMOS CONVERSAR’
Ao OitoMeia, o presidente Constantino Júnior explicou que nesta sexta-feira (23/03), o policial Moisés deve vir à Teresina para contar o que aconteceu e junto ao sindicato resolver a situação.
“Foi feito um TCO por desacato após uma discussão. Depois, o agente nos enviou um novo áudio afirmando que não foi preso, mas que foram à prisão. Eles precisam falar sobre o que aconteceu, até porque esse TCO foi registrado e o policial vai responder administrativamente. Houve atitudes precipitadas que vão ter consequência na Corregedoria. Estamos esperando que ele venha até o Sindicato, vamos ler o TCO e tirar um juízo de valor sobre o que aconteceu”, disse.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí, e de acordo com a assessoria, ainda não houve uma conversa formal e, por este motivo, não há um parecer sobre o assunto por enquanto.
O OitoMeia também tentou entrar em contato com o delegado geral Riedel Batista, mas até o momento as ligações não foram atendidas por estar em operação.
O delegado Renato Pinheiro também não atendeu as ligações.
No entanto, o OitoMeia deixa o espaço aberto para resposta e também esclarecimentos de todas as partes envolvidas no caso.
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