24 de maio de 2010

Jornais tradicionais podem ser modernos?

Por Laércio Guidio
A pergunta do título parece ser óbvia, mas não é; pelo menos é o que vemos nos jornais com mais de 50 anos de existência e layout da época de sua criação.

Se o público mudou, está mais moderno, o jornal deve acompanhar essa evolução.

É possível manter a tradição sem ficar parado no tempo, assim como os grandes jornais vêm fazendo.

Quanto ao conteúdo, ele também mudou. O leitor sabe ser crítico, tirar suas próprias conclusões, mas também gosta de ver além da notícia artigos mostrando a opinião de especialistas; se o assunto abordado fala sobre a crise na Grécia, o leitor quer saber de um* expert* no assunto o que ele acha a respeito e o que isso influencia no Brasil e até mesmo em seu cotidiano.

Os jornais precisam ser mais objetivos, dinâmicos e menos burocráticos. É preciso agradar o leitor na forma de fazer e expor o conteúdo, na diagramação, nos infográficos e nas ilustrações, e não ficar preso, por exemplo, nas quantidades exatas e rigorosas de toques para compor um título. Fórmulas “quadradas” que aniquilam a criatividade estão sumindo até dos grandes jornais no mundo.

É preciso tratar o leitor como um cliente exigente; ele não quer fórmulas, quer soluções criativas. O jornalista só não pode mudar o fato, mas a forma de contar tem que estar sempre em xeque.

Por mais tradicional que seja é preciso sempre lembrar que uma marca que resiste ao tempo sabe renascer várias vezes sem precisar morrer.

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