17 de junho de 2010

O leilão já começou! Quanto vale o voto?

A corrida pelo voto fácil já teve início no território dos cocais. Tem político comprando político (esse é o produto mais oferecido no mercantilismo da safadeza), presidente de associação de morador, professor e até vigia de cemitério.

Este último está sendo convocado pra distribuir santinho até na hora do funeral. Tudo que se pode imaginar está sendo apresentado com promessa de “voto fácil e seguro”. Os valores variam conforme a demanda, “honestidade” e o retorno garantido pelo dono do cabresto.

O fato é que existem casos curiosos, onde já houve pagamento antecipado pelas “lideranças” e os mesmos, sendo assim muito onestos (sem H mesmo), ao receber uma proposta de pelo menos 10 mil a mais, devolveram o que já haviam recebido para marchar com quem lhe deu mais “valor”. - Esse honra as calças que veste, pois ainda existe aqueles que fazem jogo duplo...verdadeiros 007’s da malandragem eleitoral!

 – Aqui não existe santo, então acenderei vela pra tudo que for diabo! Imagina o espertalhão já pensando no carrão, com som para ouvir forró, que vai comprar quando outubro passar. Isso, se é que vai esperar. Porque bandido empolgado nessas horas é o que não falta, tudo pra arrotar camarão fresco na beira do mar ou do rio!

Tem também a tática da fotografia, explico: o cara vai lá, o paparazzo de plantão faz um flash e pronto! A autoridade sente-se garantida sem precisar muito esforço. “Farei isso antes de terminar a Copa, porque depois ninguém vai lembrar”, declina o espertalhão sobre a própria auréola pontifícia. O sabichão só esquece que esse negócio de foto só ele supervaloriza, a turma que paga quer é companhia no meio do sol escaldante, abraçando gente que tem o cheiro do “final do dia” e claro, dividindo a torcicolo depois de tanto tapa nas costas e ainda a câimbra na boca causada por sorrisos forçados e beijos em criancinhas cheias de verme e catarro.

A moeda? Bom, é claro que o assunto é relativo. Tem os que valem cash, notebooks e empregos temporários, tem até os que dividem as parcelas, mas neste caso a última tem que ser paga pelo menos dez dias antes da eleição, pois quando sai o resultado das urnas quem vence não precisa mais do “otário” e quem perde tem uma boa justificativa para não pagar mais nada...afinal, não se chuta cachorro morto.

Não podemos esquecer do famoso "lobby". O figurão já está com o dele garantido e com a visão empesarial do Santagôs (filme do Jaspion) diz pro amigo: vamos lá, te apresento pro doutor, tú acerta com ele e depois separa o meu que eu também sou filho de Deus!

Hahahaha! Muitos ao ler este texto vão rir pelo simples fato das semelhanças serem tão precisas com seus cotidianos, mas os nervosos vão ficar com medinho (eita me entregaram!), entretanto nem por isso vão devolver o que já receberam ou desfazer seus acordos nefastos.

Mas quem realmente não ganha nenhuma vantagem nessa estória toda é o povo, que recebe no máximo muita PROMESSA e acaba pagando pelo escambo da bandidagem bem vestida e sorridente, durante pelo menos os quatro próximos anos.

Alô, alô bandidagem a hora de se dar bem chegou!

Francisco Brandão para o PORTALESP.com

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