24 de dezembro de 2010

PT descarrega mágoas em Wilson Martins e se encaminha para oposição

Os descontentes do PT escolheram o momento errado para cobrar definição do governador Wilson Martins sobre o preenchimento do restante dos cargos no novo governo. Estando em São Paulo, convalescendo de uma cirurgia, o governador não tem como tomar conhecimento da insatisfação externada em uma espécie de manifesto da "raia miúda" petista.

O problema parece não residir na quantidade de cargos, mas nos tipos de órgãos que o PT deseja administrar. A cobiça é maior pelo setor agrícola, especialmente. O presidente do PT, deputado Fábio Novo, afirma que o manifesto não é uma posição oficial do PT, mas de membros preocupados com a situação. Ele pondera, considerando a ausência do governador por motivo de saúde.

Há insatisfação também quanto ao pronunciamento de Wilson Martins, durante a solenidade de diplomação. Ele teria deixado de agradecer o apoio recebido do presidente Lula e do ex-governador Wellington Dias em sua campanha. Os petistas lembram que Wilson fez sua campanha colando em Lula, Dilma e Wellington. Portanto, no PT.

Aos poucos, o PT vai retomando o seu antigo papel, fazer oposição. Quando isso ocorre dentro de um esquema político dominante, nunca vem de cima para baixo. É a base que sente primeiro os sinais de desprezo. Na cúpula, os caciques geralmente se ajeitam, se acomodam.

O manifesto petista é paroquial. Ele não revela insatisfação com o alijamento do Piauí, já aí não apenas o PT, do ministério de Dilma Roussef. Espera ter respaldo lá de cima, para fazer cobranças cá em baixo. Por enquanto, ainda não sabe a força que terá no futuro governo.

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