8 de julho de 2010

Esperantina tem bons resultados do IDEB

O MEC (Ministério da Educação) divulgou quinta-feira (01 de julho), as notas do Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que mede a qualidade da educação no Brasil.

O Ideb a "nota" do ensino básico no país. Numa escala que vai de 0 a 10, o MEC (Ministério da Educação) fixou a média 6, como objetivo para o país a ser alcançado até 2021.

O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar (ou seja, com informações enviadas pelas escolas e redes), e médias de desempenho nas avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), o Saeb - para os Estados e o Distrito Federal, e a Prova Brasil - para os municípios.

Criado em 2007, o Ideb serve tanto como diagnóstico da qualidade do ensino brasileiro, como baliza para as políticas de distribuição de recursos (financeiros, tecnológicos e pedagógicos) do MEC. Se uma rede municipal, por exemplo, obtiver uma nota muito ruim, ela terá prioridade de recursos.

Em todos os níveis avaliados, o rendimento escolar, que mede a taxa de aprovação dos alunos, aumentou de 2005 para 2009. Também houve um aumento nas notas da Prova Brasil, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática.

No Ideb de 2009, divulgado neste ano, a nota do Brasil está em 4,6 no primeiro caso e em 4,0 no segundo. A Nota média do Nordeste foi 3,8 e a do Estado do Piauí foi 4,0.

Confira o resultado do município de Esperantina na Rede Municipal de Ensino. Ensino Fundamental (séries de 1ª a 4ª), em 2005 a nota foi 3,2 em 2007 caiu para 3,0 e em 2009 aumentou para 3,2.

Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), em 2005 a nota foi 2,3 em 2007 aumentou para 2,6 e em 2009 aumentou para 3,0.

O Ideb mede a qualidade do ensino oferecido pelas escolas públicas com base na nota da Prova Brasil e nos índices de reprovação. No ano passado, a Prova Brasil foi aplicada nos anos iniciais do ensino fundamental em 5.467 municípios para 2,5 milhões de alunos. Nos anos finais, a prova foi aplicada em 5.498 municípios para 2 milhões de alunos. Também participaram da avaliação 56,3 mil alunos do 3° ano do ensino médio em 750 escolas.

Somente 0,09% dos municípios (cinco entre 5.498) atingiram a nota 6, considerada meta, no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) nos anos finais do ensino fundamental em escolas públicas. É o que revela a análise dos dados por cidades divulgadas pelo MEC (Ministério da Educação). Nos anos iniciais, a situação é um pouco melhor: 405 de 5.467 municípios avaliados – 7,4% do total – já chegaram à meta. O município melhor colocado no Brasil foi Jeriquara (SP) que obteve a nota 6,6. Veja o ideb de seu município acessando http://www.inep.gov.br/default_portal.htm

Por Carlos Araújo

2 comentários:

  1. Amigo Carlos Araujo!

    É um minimalismo fatalista considerar a nota 3.0 como nota de avaliação um BOM resultado. Falta completar a verdade e reconhecer que desta forma o Piauí ficou em último lugar do teste nacional e Esperantina em um dos últimos no ranking nacional!

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  2. Prezados,
    Sou de Esperantina e tenho Pós-Graduação em Avaliação da Educação pela Universidade Federal do Paraná e Universidade Federal de Integração Latino-Americana, portanto lido com estes indicadores de qualidade há 10 anos. Sinto-me habilitado para recomendar que, antes de tudo, desconfiem destes índices. Se o Piauí está à frente ou o Rio de Janeiro em péssimas notas, como revelou o recente IDEB, isto é jogar fumaça para incapacidade do Ministério de fomentar a educação, com verbas robustas e bons programas pedagógicos, inclusive colaborar mais incisivamente com as redes estaduais e municipais. Note, por exemplo, que o orçamento da CAPES/MEC para Pós-Graduação em São Paulo corresponde ao que esse Ministério dá, (em R$) a para 22 Estados da Federação, obviamente aquele Estado terá professores mais preparados e, conseqüentemente, melhoram-se os outros níveis de ensino.
    Quando se diz que uma escola tirou nota “6”, isso significa que ela foi boa apenas naquilo que respondeu no “questionário” do MEC. E o resto? E quem avalia aquilo que o Ministério não cobra nas provas (que é muita coisa)? Tenham isto em mente, a nota “10”, será “10” apenas no conjunto das questões escolhidas na prova. Muita coisa relevante da escola e dos alunos não passa pelo questionário.

    Portanto, o conteúdo que o INEP e MEC escolhem para suas provas não revela a realidade de uma Escola, tão pouco serve para revelar o real aprendizado dos alunos ou a capacidade didática dos professores. Eu defendo que avaliações são necessárias, desde que elas sejam adotadas para orientar políticas públicas, e não para criar “rankings de humilhação pública”. Se o MEC usasse estes resultados para sentar à mesa e discutir mudanças nos programas de estudo, ai tudo bem, mas ele usa como forma de constranger os Municípios e Estados, que historicamente alijou de seus orçamentos e favores.

    O Índice privilegia quem tem dinheiro para investir em Educação, como São Paulo, e colocar em desgraça aqueles que levam o ensino “a cuspe e giz”; na raça. Para estes professores, a nota é 10, porque verdadeiramente lecionam com salários de fome, enquanto o Governo Federal investe em escolas no Sudeste.
    Ivanildo Fernandes

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