17 de julho de 2010

Um drible democracia

Romário, Bebeto, Túlio Maravilha, Marcelinho Carioca e o ex-boxeador Popó são candidatos a deputado federal. Esses e Macelinho Carioca. Coisas da democracia. A questão que se coloca é o fato de que ingressam na, vá lá, vida pública quando vivem plenamente a decadência natural dos seres humanos.
 
Não seria estranho se, ao longo de suas carreiras tivessem usado a fama, a força de suas personalidades midiáticas para influenciar politicamente.

Não quero dizer política partidária, mas política em sua acepção maior, mais larga: cidadãos demonstrando que ao lado do esporte tinham consciência de que suas opiniões e atitudes teriam peso político. Atuação na sociedade civil, percebe?

Agora, não: ao que me parece, querem mesmo é integrar-se ao baixo clero da corte brasiliense, ficar encostados a um mandato e receber um agrado no fim do mês. E que agrado.

Mas, não lhes tiro de todo a razão. De alguma forma, se eleitos, o que temo seja uma possibilidade bastante plausível, irão se integrar à política-espetáculo, certamente por entender que já faziam parte de uma forma de espetáculo. Só que na política, política como discurso, gesto social de manifestação do Poder, resulta um show burlesco, resultado do nosso caldo de cultura, da nossa permissividade galante e cordial: é coisa pública? Quero a minha parte.

É triste, mas a democracia tem disso.

Os ex-craques, esteja certo, não vão bater um bolão em plenário. Popó não vai nocautear o processo corrupto que é a seiva da Câmara. Não são algo novo a irrigar a cena política. Apenas, espertamente, sugam o que restou de sua imagem na mídia para faturar uma espécie de segunda divisão, confortavelmente sentados em cadeiras magníficas.

Por Emanoel Barreto

2 comentários:

  1. Que voce tem razão em seus comentarios, admito que tenha, mas nao apenas com relação a ex-atletas, mas qualquer um que teve o auge da vida como estrela da midia. Generalizaçoes como as feitas com relação a estes ex-atletas são no minimo precipitadas. Gente querendo o bem bom do poder tem em todo lugar e em todas as classes. Mas quem pode dizer o que eles desejam ou possam vir a fazer pelo país??? se eles tem boas intenções, como dizer que são aproveitadores, como dizer que tem boas intenções??? É a democracia... o povo elege quem agrada e merece sua confiança e o tempo responde se fez a escolha certa. Mas dizerque estes atletas estão querendo se dar bem, é esquecer que o poder está cheio de politicos corruptos e bem poucos vieram do esporte.

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  2. Cada pessoa tem uma historia e ás vezes esta é composta de muitas estapa e facetas que completam o seu todo. Pessoa que outrora foam icones que representavem uma geração e que tremulavam e ofuscavam e eram iluminados por os olofotes da vida se sentem tristes e incomodados quando estes não mais fazem arte do seu cotidiano atual. Entrar na politica sendo levado por um desejo sincero d fazer o bem comum funcionar e dar de si o maximo para que se possa ver refletido na populaçãi que o pôs lá é sem duvida algo bonito, bom e necessario quando não, tornar-se apenas uma mau fadada tentativa de que antigas luzes voltem a brilhar e que velhos pestigios, que hoje já não fazem efatuar o ego humano, voltem a fazer parte de seu viver. Pecisa-se ter um objetivo duradouro em nossas vidas, caso contrario, sempre estaremos em busca de novas estrategias de manter o "STATUS QUO"

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