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10 de outubro de 2010

Simplemente para refletir: Bom Domingo

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde, e por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. E vivem como se nunca fossem morrer... e morrem como se nunca tivessem vivido.”

Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditare principalmente viver.

Dalai Lama.

29 de junho de 2010

Crescer

Por R. C. Amorim Neto
Se pudesse resumir em apenas dez algumas das atitudes que já me ajudaram e que continuam a favorecer meu crescimento, eu diria…

1. Assuma responsibilidade pelas escolhas que você faz.

2. Aceite que algumas pessoas se aproximarão de você apenas para receber, jamais para oferecer algo…

3. Não existe nada de mais poderoso do que um relacionamento profundo entre duas ou mais pessoas que verdadeiramente se importam umas com as outras.

4. Nomeie seus sentimentos e os reconheça sempre que aparecerem.

5. Descubra aquilo que lhe dá prazer, mas não se deixe escravizar.

6. Preste atenção nos seus sonhos.

7. Durante uma discussão com a(s) pessoa(s) amada(s), para cada defeito que você apontar, seja capaz de mencionar sete qualidades.

8. Lembre-se que melhor do que parecer bem-sucedido ou feliz, é de fato sê-lo.

9. Sempre que puder sente no chão com crianças e descubra outras formas de ver o mundo.

10. Quando assumir posições de liderança em vez de perder tempo pensando como eliminar um oponente, reflita sobre como torná-lo seu aliado.

Fonte: BlogSentido

24 de março de 2010

Resiliência

por Tom Coelho

O problema não é o problema. O problema é sua atitude com relação ao problema.

(Kelly Young)

Hoje, a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e entrou. Não ofereci resistência. Houve um tempo em que eu fazia o impossível para evitá-la adentrar os meus domínios. E quando isso acontecia, discutíamos demoradamente. Era uma experiência desgastante. Aprendi que o melhor a fazer é deixá-la seguir seu curso. Agora, sequer dialogamos. Ela entra, senta-se na sala de estar, sirvo-lhe uma bebida qualquer, apresento-lhe a televisão e a esqueço! Quando me dou por conta, o recinto está vazio. Ela partiu, sem arroubos e sem deixar rastros. Cumpriu sua missão sem afetar minha vida.

Hoje, a doença também me visitou. Mas esta tem outros métodos. E outros propósitos. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente. Instalou-se em minha garganta e foi ter com minhas amígdalas. A prescrição é sempre a mesma: amoxicilina e paracetamol. Faço uso destes medicamentos e sinto-me absolutamente prostrado! Acho que é por isso que os chamam de antibióticos. Porque são contra a vida. Não apenas a vida de bactérias e vírus, mas toda e qualquer vida...

Hoje, problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone porque palavras pronunciadas ativam as emoções apenas no momento e, depois, perdem-se difusas, levadas pela brisa. Vieram pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua perenidade, sua condição de fantasmas eternos até que sejam exorcizados.

Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado nestes momentos. O mundo ao redor parece conspirar contra o bem, a estabilidade e o equilíbrio que tanto se persegue. O desânimo comparece estampado em ombros arqueados e olhos sem brilho, que pedem para derramar lágrimas de alívio. Então, choro. E o faço porque Maurice Druon ensinou-me, através de seu inocente Tistu, que se você não chora, as lágrimas endurecem no peito e o coração fica duro.

Limão e Limonada

As ciências humanas estão sempre tomando emprestado das exatas, termos e conceitos. A última novidade vem da física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.

Em humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada saborosa, refrescante e agradável.

Aprendi que pouco adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os. E com rapidez, de maneira certa ou errada. Problemas são como bebês, só crescem se alimentados. Muitos se resolvem por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada, eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula com correção. A felicidade, pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados.

Aprendi a combater as doenças. As do corpo e as da mente. Percebê-las, identificá-las, respeitá-las e aniquilá-las. Muitas decorrem menos do que nos falta e mais do mau uso que fazemos do que temos. E a velocidade é tudo neste combate. Agir rápido é a palavra de ordem. Melhor do que ser preventivo é ser preditivo.

Aprendi a aceitar a tristeza. Não o ano todo, mas apenas um dia, à luz dos ensinamentos de Victor Hugo. O poeta dizia que “tristeza não tem fim, felicidade, sim”. Porém, discordo. Penso que os dois são finitos. E cíclicos. O segredo é contemplar as pequenas alegrias em vez de aguardar a grande felicidade. Uma alegria destrói cem tristezas...

Modismo ou não, tornei-me resiliente. A palavra em si pode cair no ostracismo, mas terá servido para ilustrar minha atitude cultivada ao longo dos anos diante das dificuldades impostas ou autoimpostas que enfrentei pelo caminho, transformando desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.

Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio. Admiramos a luz porque já estivemos no escuro. Contemplamos a saúde porque já fomos enfermos. Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.

Olhe para o céu, agora! Se é dia, o sol brilha e aquece. Se é noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.

22 de fevereiro de 2010

VOCÊ SABIA

 
- Os destros vivem em média 9 anos a mais do que os canhotos.

- A mais baixa temperatura alguma vez registrada foi de -128,6 ºC em 21 julho de 1983 na Antártica.

- O coração bombeia o sangue com uma pressão suficiente para esguichar o sangue a uma altura de 9 metros.

- Se você gritar durante 8 anos, 7 meses e 6 dias, a energia liberada é igual à necessária para aquecer uma chícara de café.

- Apenas uma pessoa em cada 2 bilhões viverá mais de 116 anos.

- O transatlântico Rainha Elizabeth II avança apenas 4 cm para cada litro de gasóleo queimado.

- O recorde de tempo de vôo de uma galinha é de 13 segundos.

- O Papa mais jovem foi João XII e tinha 18 anos.

- 28% da África é selvagem e não explorada.

- A American Airlines economizou € 40.000,00 em 1987 eliminando uma azeitona de cada salada servida na primeira classe.

- O orgasmo do porco dura 30 minutos.

- As unhas da mão crescem aproximadamente 4 vezes mais rápido que as do pé.

- Durante a tua vida, você irá comer aproximadamente o peso de 6 elefantes.

- O teu coração bate mais de 100.000 vezes por dia.

- Você irá comer aproximadamente 35.000 biscoitos em toda a tua vida.

- O crânio tem 29 ossos.

- Uma asa de mosquito move-se 1.000 vezes por segundo.

- 98% dos japoneses são cremados.

- A cada ano, 98% dos átomos do nosso corpo são substituídos.

- É possível ver 500.000 crateras na Lua olhando-se da Terra.

- Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo.

- 10.000 novos produtos químicos são criados por dia.

- 16% das mulheres nascem loiras. 33% das mulheres são loiras.

- Uma mulher chamada Mum-Zi já era avó com 17 anos. Ela teve a sua filha aos 8 anos e 4 meses, e a sua filha, por sua vez, também se tornou mãe aos 8 anos.

- 110.000 pessoas vão ter mais de 100 anos em 2004.

- Se as doenças do coração, o câncer e as diabetes fossem erradicadas, a expectativa de vida do homem seria de 99,2 anos.

- Antes da II Guerra Mundial, a lista telefônica de Nova York tinha 22 Hitlers. Depois dela, não tinha mais nenhum.

- Os CDs foram concebidos para comportar 74 minutos de música porque essa é a duração da Nona Sinfonia de Beethoven.

- Uma pessoa pisca os olhos aproximadamente 25 mil vezes por dia.

- Neste exato momento há mais de 100.000.000 de microorganismos alimentando-se, reproduzindo-se, nadando e depositando detritos na área em volta dos teus lábios.

- Em 1995, um japonês recitou, de memória, os 42.000 primeiros dígitos do número Pi (3,141592...) em 9 horas.

- Alguns leões copulam 50 vezes por dia.

- A pulga salta 350 vezes a sua altura, o que equivale a uma pessoa dar um pulo de uma altura igual à largura de um campo de futebol.

- A formiga levanta 50 vezes o seu peso, e puxa 30 vezes o seu próprio peso.

- Em 10 minutos um furacão liberta mais energia do que todas as bombas nucleares existentes juntas.

- 100 pessoas em média por ano engasgam-se até à morte com tampas de canetas.

- 111.111.111 x 111.111.111 = 12.345.678.987.654.321

- 90% dos taxistas de Nova York são imigrantes recentes.

- 10% das receitas da Rússia vêm da venda de Vodka.

- 31.557.600.000 segundos equivalem a um Milênio.

- Um terço de todos os sorvetes vendidos no mundo são de baunilha.

- O Sol é 330.000 vezes maior que a Terra.

- 3 milhões é o número estimado de pessoas que morreram em conseqüência de terremotos desde 1900.

- 15 vezes ao dia é o número médio de vezes que um adulto normal ri. No entanto uma criança ri em média 400 vezes por dia.

- 41 anos é a idade do peixinho de aquário que viveu mais tempo. O seu nome era Fred.

- 7 minutos é o tempo médio em que uma pessoa normal demora a adormecer.

- 3 segundos é o tempo que dura a memória de um peixinho dourado de aquário.

- 41 é o tamanho do primeiro pé que pisou a Lua.

- O peso do planeta Terra é de 5.980.000.000.000.000.000.000 toneladas.

- Em meio minuto, a vazão do Rio Amazonas mataria a sede de toda a população mundial

- Anualmente, caem cerca de 3 bilhões de raios no planeta Terra. A cada segundo caem 8 raios em qualquer lugar da Terra, por dia, são mais de 8 milhões.

- A Guerra dos Cem Anos durou 116 anos.

- O peso do cérebro humano é de 1,4 Kg. Este consome 25% do oxigênio que respiramos.

- Quando um copo se quebra, os cacos se espalham a uma velocidade de 4830 Km/h.

- Depois de estourar, um milho de pipoca pode aumentar até 400% o seu tamanho.

- A força necessária para dar três espirros consecutivos, queima exatamente o mesmo numero de calorias que um orgasmo.

- Todos temos 300 ossos quando nascemos, mas chegamos a adultos apenas com 206.

- Uma pessoa normal tem cerca de 1460 sonhos por ano.

- Apenas 4% da riqueza mundial é o suficiente para combater as necessidades básicas do mundo.

- O guarda-roupas da princesa Diana em 1991, possuia 350 pares de sapatos, 141 chapéus, 71 blusas, 95 vestidos de noite, 176 vestidos, 178 conjuntos, 54 sobretudos, 29 saias, 25 calças, 29 jaquetas e 200 bolsas.

- O comprimento da linha que um lápis inteiro consegue desenhar é de 56 Km (ou aprox. 50 mil palavras).

- O monte Everest, a montanha mais alta do mundo, tem 8.848 metros.

- Para morrer num acidente aéreo, seria preciso voar todos os dias durante 29 mil anos. Em termos de mortes ou ferimentos, os aviões são 7 vezes mais seguros do que as bicicletas e 60 vezes mais do que andar de moto sem capacete.

- O esqueleto de um homem de 64 quilos pesa cerca de 11 quilos.

- Os cientistas calcularam que a velocidade de um pensamento é de 240 km/h.

- O olho humano é capaz de distinguir 10.000.000 de diferentes tonalidades.

- Se dormirmos, em média, 8 horas por dia, aos 40 anos teremos dormido 13 anos.

- Com uma média de 70 batidas por minuto, o coração bate 37 milhões de vezes por ano.

- Se não exercitarmos o que aprendemos, esquecemos 25% em seis horas, 33% em 24 horas e 90% em seis meses.

- O corpo humano é formado por 70% de água, que corresponde a metade do nosso peso.

- Um adulto elimina 3 litros de água por dia, por meio da urina, suor e da respiração.

- O intestino delgado mede entre 6 a 9 metros. O intestino grosso tem 1,5 metros, mas é 3 vezes mais largo.

- Na próxima hora 22.000 cheques serão debitados em contas bancárias erradas.

- Numa vida, um ser humano passa, em média, 8 anos em filas de espera.

- Em média, uma criança de 4 anos faz 437 perguntas por dia.

- 56% dos lucros da venda de filmes em vídeo vem dos filmes pornográficos.

- Se somarmos os números todos de uma roleta de cassino (desde o 1 ao 36), o total é o número 666.

- Mais de 11.000 pessoas por ano têm acidentes por praticar novas posições sexuais.

- Há registros de 15 pessoas que morreram por terem sido esmagadas por máquinas de bebidas quando tentavam incliná-las de modo a obterem bebidas grátis.

- Nenhum pedaço de papel pode ser dobrado ao meio mais de 7 vezes.

- A maioria dos relâmpagos tem um comprimento médio de 3 a 5 Km e têm uma corrente de 10.000 ampêres a 100 milhões de volts.

- A temperatura de um relâmpago é três vezes mais quente do que a superfície do Sol.

- Neste momento, existem aproximadamente 61.000 pessoas viajando de avião.

- Uma tonelada de papel reciclado economiza 10 mil litros de água e evita o corte de 17 árvores.

- Se fossemos a conduzir um carro a uma velocidade constante de 160 Km/h, levaríamos cerca de 221.000 milhões de anos para chegar ao centro da Via Láctea.

- Bater com o carro a 100km/h é igual a cair do 8º andar de um prédio.

- A probabilidade de se morrer atingido por um relâmpago é de 1 em 1 milhão.

- A probabilidade de ganhar na mega-sena é de 1 em 50.063.860 milhões.

16 de fevereiro de 2010

VOCÊ MESMO

Para Elis e Pedro

Você tem passado muito tempo diante do espelho preocupado com seu visual ou se sente inseguro em relação à roupa que vai vestir? Ou ainda, horas excessivas na academia em busca de um corpo perfeito? Cuidado! Você corre o risco de perder a conexão com você mesmo…

É saudável que nos preocupemos com nossa aparência. É importante dar atenção a saúde e vitalidade de nosso corpo. Porém, se há algum exagero nestas atividades motivado pelo desejo de agradar a outros, está na hora de se conectar novamente com sua interioridade.

Pessoalmente não acredito quando dizem: “Não me importo com o que os outros pensam de mim”. Todos nós nos importamos! O ser humano, por ser naturalmente social, depende de seus relacionamentos interpessoais. E relacionamentos também são baseados no que pensamos uns dos outros e no modo como transmitimos nossa percepção. Afinal, Lívia não se aproximaria de Marcos, se desconfiasse que ele tem uma imagem negativa a respeito dela.

Não resta dúvida de que nos importamos com o que os outros pensam a nosso respeito. Todavia, é necessário considerar o nível de importância que damos à opinião dos outros e as atitudes e comportamentos que tomamos baseados nisto.

João tem sete anos e pediu a seus pais um CD de músicas infantis. Ele ficou muito feliz ao receber seu presente e, eufórico, exibiu para seus amigos. Entretanto, seus primos adolescentes menosprezaram o presente de João, e ele acabou pedindo que seus pais trocassem o CD de músicas infantis por um de música pop.

Tal comportamento vindo de uma criança é completamente compreensível. Contudo, muitos adultos continuam repetindo este comportamento infantil. E isto não apenas no nível de presentes, objetos, mas em relação ao próprio corpo. Cabelos que mudam de cor e tamanho como massa de modelar muda de forma nas mãos de crianças. Homens saudáveis que se entorpecem com vitaminas, suplementos alimentares e fitas métricas para verificar o bíceps e também o peitoral. A quem estamos querendo agradar?

Em primeiro lugar, é importante descobrir para quem nos vestimos ou penteamos ou malhamos. É para uma pessoa específica ou apenas para uma ideia generalizada sobre o que imaginamos que os outros pensam a nosso respeito e que, possivelmente, nem corresponda à realidade?

O desejo desesperado de agradar aos outros faz com que a conexão com nossa interioridade se fragilize. Do que você realmente gosta? O que você espera de si mesmo? Se você é capaz de responder a estas perguntas, parabéns! Se ainda não, está na hora de parar e olhar para você mesmo, com um olhar que lhe ajudará a despertar para outros modos de ser e agir.
A opinião dos outros é importante, sim! Entretanto, não é possível considerá-la objetivamente se você não sabe qual a sua própria opinião. Descobrir o que pensamos sobre nós mesmos é uma tarefa importante, porque você é a única pessoa que realmente pode compreender o que é ser você, 24 horas por dia. Não se deixe esperando por você mesmo, vá ao seu encontro!

R. C. Amorim Neto é Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (2008). Especialista em Gestão Escolar (2006) e em Psicopedagogia  (2008).

Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004). Tem experiência na área de Educação, Filosofia, Pastoral Juvenil e Orientação Vocacional. Atualmente continua sua formação acadêmica em Saint Marys College of California, nos Estados Unidos.

3 de fevereiro de 2010

Faixada Hollywoodiana

Semana passada teve um longo feriado aqui nos Estados Unidos. Com alguns colegas, peguei a estrada e fui para Los Angeles. Eu estava muito contente não só pela possibilidade de descansar e ter alguma aventura dirigindo em terras estrangeiras, mas também porque iria conhecer vários lugares que até então tinha visto apenas pela TV e cinema, especialmente Hollywood.

A viagem foi tranquila. Apesar da fina camada de gelo que cobria o carro ao deixarmos Saint Mary’s College, o sol apareceu e o cenário se tornou propício para muitas fotografias e também para alguma reflexão nos poucos tempos de silêncio que fazíamos. Eu estava encantado com tudo o que via…

Depois de  cinco horas de viagem e apenas uma parada para um rápido lanche, chegamos ao nosso destino, Los Angeles… Deixamos nossa bagagem e o carro no hotel, e saímos para caminhar pelo centro da cidade… Alguns professores tinham sugerido que visitássemos a Catedral, que é de fato muito bonita, e também o Walt Disney Concert Hall… Lá fomos nós… Fotos e mais fotos… E para terminar o dia, passamos pelo centro histórico, onde jantamos antes de retornar para o hotel.

Aquela noite nos deitamos cedo. Estávamos cansados, mas também ansiosos pelo passeio do dia seguinte, que incluiria a praia de Santa Mônica, um trecho de montanhas e, finalmente Hollywood.

Às 8 horas da manhã, estudamos cuidadosamente o mapa e partimos… Tudo muito bonito. Muitas fotos! Finalmente, quando já passada das 14 horas, chegamos a Hollywood.

Meus olhos se dilataram. Tentei apreender cada detalhe daquele lugar. Depois de cinco minutos andando por lá, comecei a ter uma sensação muito intensa… E, finalmente consegui expressar meu sentimento perguntando: “É só isto?”.

Caminhamos para um lado e para outro, entramos e saímos, subimos e descemos e nada realmente chamou minha atenção, a não ser o número de turistas… Mesmo a caçalda da fama, que na televisão é mostrada como algo bonito, grande e encantador, é nada mais do que uma pequena área, mal cuidada… Por exemplo, o bloco de cimento no qual Nicholas Cage (meu ator preferido) deixou as marcas das mãos e dos pés tem uma baita rachadura…

Apesar da decepção, cumprimos todo o roteiro que incluiu a subida ao morro onde fica o letreiro “HOLLYWOOD”… Outra choque… Nem calçamento tem.

Ao voltarmos para o hotel, exaustos e, de certo modo, decepcionados, enquanto meus colegas pediam informações sobre os restaurantes da redondeza, fiquei no quarto revendo as fotos e pensando sobre tudo o que tinha me acontecido aquele dia. De repente, uma luz se acendeu em minha mente…

Hollywood é só faixada! Assim como os cenários de novelas e filmes, tudo apenas faixada. Bonito para se ver de longe, mas apenas de longe, porque se você se aproxima verá que aquilo é falso.

Quando apenas os lugares são faixada, pode ser que nos frustremos, mas quando as pessoas assumem esta “atitude hollywoodiana” de cuidar apenas da aparência e esquecer da interioridade, aí as coisas se complicam.

Acredito que assim como eu, você também já teve alguma experiência de frustração com pessoas que de longe pareciam tão espertas, seguras, sábias, mas que ao se aproximarem de você, revelaram-se tão infantis, egoístas, razinzas… Ou talvez você já tenha se flagrado tentando aparentar ser o que você não é.

Vivemos em uma sociedade que valoriza em excesso a aparência, e algumas pessoas parecem que se especializam em demonstrar serem aquilo que não são, muitas vezes mostram exatamente o oposto do que trazem no peito… Quando agimos assim tendemos a permanecer na solidão, pois faixadas são bonitas apenas à distância, não na proximidade.

Pessoas que vivem de faixada, geralmente são pessoas que tentam esconder suas feridas, cicatrizes, o problema é que a cada vez que fazem isto acabam se ferindo mais e mais, porque não é possível construir uma relação amorosa com base apenas na aparência…

Faixadas sim, mas com conteúdo… Podemos ser belos por fora e por dentro, e uma beleza complementará a outra!

R. C. Amorim Neto é Mestre em Educação pela Universidade Cidade de São Paulo (2008). Especialista em Gestão Escolar (2006) e em Psicopedagogia  (2008).

Possui graduação em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2004). Tem experiência na área de Educação, Filosofia, Pastoral Juvenil e Orientação Vocacional. Atualmente continua sua formação acadêmica em Saint Marys College of California, nos Estados Unidos.

12 de novembro de 2009

Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós


Um ambulante sentou-se à praça do mercado e ao lado colocou um saco aparentemente vazio. Para espanto dos que passavam, anunciava a altos brados que no saco havia mercadorias que todos desejariam comprar. Vendia de tudo, garantia, para uma vida mais feliz.

Aproximou-se uma mulher triste perguntou se vendia alegria. Claro, ele disse. E, metendo a mão no saco, tirou-a inteiramente vazia. A mulher contestou. Ali não havia nada. Mas ele garantiu: havia sim. Ela poderia tocar. A mulher estendeu a mão e tocou em algo macio, gostoso de pegar. Era a alegria. A alegria é invisível, sorriu o vendedor. Você só pode sentir. A mulher pegou a alegria e seus lábios se transformaram em sorriso.

Alguém pediu felicidade. Ele advertiu: felicidade é mais difícil. É mais cara. Quer assim mesmo? Queria, a pessoa queria. Pagou, recebeu a invisível mercadoria, mas não sentiu-se feliz. O senhor me enganou. Ele rebateu: não enganei. É que a felicidade precisa de complementos. Se quiser mesmo ser feliz, precisa também comprar ousadia, luta e ter já em si - e isso ele não podia vender - capacidade de saber usar a felicidade, mesmo que os outros sejam contra. A pessoa desistiu e continuou infeliz.

Em seguida veio um homem, que queria liberdade. Liberdade?, ele perguntou e em seguida disse: tenho de diversos tipos. De primeira, de segunda e de terceira. Como assim?, quis saber o homem. É o seguinte, disse o vendedor: liberdade de primeira exige que o comprador, para usá-la, tenha coragem. Sem coragem, ninguém é livre; liberdade de segunda é aquela que lhe dizem que é liberdade, ou seja: você é livre segundo o que já está determinado.

O homem entendia. E liberdade de terceira?, quis saber. Bom, essa, afirmou o vendedor, é a liberdade de quem não tem coragem porque nunca a descobriu; força, porque nunca se testou e passos, porque nunca caminhou. Qual vai querer?

E você, que me lê, qual vai querer?

Enviado por Emanuel Barreto